11/02/2008

O Homem justo, o cafajeste e o bonzinho

A sociedade atual prega a conquista material como a maior meta a ser alcançada. E porque isso? Porque aqueles que se destacarem em seu meio social é que irão levar as melhores mulheres. A principio isso há nada de errado nisso. O mundo deve pertencer aos melhores. O problema começa quando os piores passam a ser eleitos como os melhores. Isso nada mais é do que um sintoma dos valores invertidos da sociedade de hoje, uma sociedade de consumo que em nome do lucro valoriza o "ter" ou o "parecer" em detrimento do "ser". Motivo: "ter" e "parecer" podem ser transformados em mercadorias e vendidos, "ser" não. Vc pode "ter" um carro ou pode "parecer" bonito com as roupas da moda, mas "ser" é a única coisa que o capitalismo não conseguiu transformar em mercadoria. Pois "ser" é algo que depende de vc, apenas de vc.

Já perceberam como existe toda uma indústria em volta da mulher?Não estou me referindo apenas a produtos de belezas e similares vendidos a ela, estou me referindo a produtos de consumo destinados a homens que querem conquistar essas mulheres. Convenhamos, quem compra um carro hoje em dia não está comprando um veículo de transporte, está comprando um motel sobre rodas. Além disso, a mídia empurra todo um estilo de comportamento para os homens e lucra em cima destes. Os filmes românticos de Hollywood são um bom exemplo, nesses o bom-moço sempre leva a mocinha. E revistas masculinas como playboy e V.I.P vendem milhares de exemplares dando aos homens dicas de que perfume usar ou o que dizer na cama para enlouquecer uma mulher.

O cafajeste e o bonzinho são produtos dessa indústria. Vou chamá-la de "a indústria do amor". De formas diferentes ambos são convencidos pela mídia que a auto-estima e a felicidade deles depende de seu sucesso com mulheres. O primeiro é aquele que acha que agindo conforma a receita de bom-moço dos contos de fadas e romances melosos irá conquistar a mulher de seu sonho. Já o segundo é aquele que descobre que foi enganado pela mídia, e ao descobrir isso desenvolve o todo o seu carisma e bom papo para...conquistar mulheres(se todos os cafajestes usassem seu carisma para convencer as pessoas a fazerem algo de útil pelo mundo como, por exemplo, lutar contra fome, esta já teria sido erradicada do planeta).

O cafajeste e o bonzinho são dois lados da mesma moeda: ambos vivem paras mulheres. Ambos foram enganados e levados a acreditar que sua felicidade está nela e que sua vida sem mulheres é sem sentido. O bonzinho sofre por não ver sua bondade ser recompensada pelas fêmeas e o cafajeste vive em um círculo vicioso a busca de diferentes fêmeas procurando preencher o vazio deixado pela conquista anterior, o que ele não percebe é que nenhuma mulher trará a paz de espírito que ele deseja e isso vale também para o bonzinho. Enfim, embora o cafajeste aparente ser bem-sucedido no fundo ambos fazem parte do sistema, sustentam esse sistema e são dominados por este.

O Homem Justo não. Ele é um homem livre, ou pelo menos o que está mais próximo de ser livre. Seu único senhor é sua consciência. Ele busca um ideal de vida para si, mas não é escravo desse ideal. O Homem Justo sabe que os modismos e regras que a sociedade impõe não passam de joguinhos ridículos criados por um sistema que apenas deseja explorá-lo vendendo falsas promessas de felicidade. O Homem Justo sabe que a felicidade não está no carro ou na roupa que ele comprou ou na mulher que conquistou. A felicidade do Homem Justo está no homem que ele é, no homem que ele idealiza ser e luta para ser.

A felicidade do bonzinho e do cafajeste depende das mulheres, a felicidade do Homem Justo depende apenas de si mesmo.

por John Nada

4 comentários:

Machistas Esclarecidos disse...

Caro Tenente Starb..., quero dizer, John Nada, eu já fui um bonzinho infeliz,achava que só seria feliz quando encontrasse a mulher da minha vida, quando tivesse uma boa mulher ao meu lado.

Após muita decepção e fracassos (pois bonzinhos só servem para ser descartados), finalmente (com a ajuda de Nessahan Alita), aos 22 anos, consegui ser feliz por mim mesmo. Aprendi que não preciso de mulheres para ser feliz, tenho a satisfação em mim mesmo.

Recentemente (aos 23 anos), cheguei à conclusão de que compromisso com a mulher atual não vale a pena, considero as meninas como simples diversão, mas estou longe de ser um cafajeste.

Como não tenho as mulheres como fim ou sentido da vida, acredito ser um homem justo, apesar de não me importar em qual classificação me enquadro. De fato, pouco me importa se sou um macho beta, um macho alpha, um cafajeste, bonzinho ou justo. Eu sou o que sou, só me importa saber que sou um homem livre.

Leonardo Ambicioso

Anônimo disse...

parabens , excelente artigo

Anônimo disse...

Amei esse texto ... Realmente está faltando homens justos. O cafajeste é um ser vazio e egoísta em contra- partida o bonzinho é muito bobo , meloso , deprimente, monótono, chato , xarope , sem auto-estima. Não qual é pior !!!

Anônimo disse...

Anônimo disse...
Amei esse texto ... Realmente está faltando homens justos. O cafajeste é um ser vazio e egoísta em contra- partida o bonzinho é muito bobo , meloso , deprimente, monótono, chato , xarope , sem auto-estima. Não sei qual é pior !!!